Se você esteve na internet no último domingo, com certeza acompanhou o que ocorreu na última cerimônia do Grammy, né? Mas, se você não acompanha este tipo de premiação e quer saber o que Grammy, Kim Petras e Liniker têm em comum, continue a leitura que o Portal Diversidade explica tudo.
Quem é Liniker?
Liniker de Barros Ferreira Campos (Araraquara, 3 de julho de 1995), conhecida como simplesmente Liniker é uma cantora, compositora, atriz e artista visual brasileira e ex-integrante da banda Liniker e os Caramelows. Também compõe e canta músicas de gênero soul e black music.
Liniker é uma pessoa travesti e sua presença no mundo da música é imprescindível para que a sociedade crie narrativas que não sejam estereotipadas para essa população. Liniker é muito talentosa, dona de uma voz marcante e acalentadora, ela coleciona sucessos e lança músicas preciosas para nós.
Quem é Kim Petras?
Kim Petras é uma cantora e compositora alemã, atualmente residindo em Los Angeles, Califórnia. Desde 2017, Petras lança suas músicas e projetos em seu próprio selo, a BunHead Records, e em 2021, ela assinou com a gravadora Republic Records.
Kim Petras é uma mulher trans.
Kim Petras lança músicas no idioma inglês e é criadora de um estilo de pop único. Atualmente, a sua parceria com Sam Smith rendeu inúmeros recordes para a cantora , como por exemplo, a primeira pessoa trans a atingir o topo da principal parada de charts do mundo, a Billboard Hot 100.
Mas, o que elas duas têm em comum? E onde o Grammy entra nessa?
Liniker e Kim têm uma série de coisas em comum. Ambas são compositoras, cantoras, fazem músicas de sucesso, quebram recordes, são necessárias para a sociedade e ambas têm um Grammy!
Na noite do domingo, 06/02/2023, Kim Petras ganhou um Grammy de “Melhor Performance de Duo/Grupo Pop”, junto de Sam Smith, pela parceria incrível dos dois em “Unholy”. Ela falou sobre isso no momento de receber o gramofone. Na subida ao palco, Sam Smith deixou que Kim Petras fizesse o discurso de agradecimento sozinha. Ela diz:
“Sam Smith graciosamente quis que eu aceitasse esse prêmio porque sou a primeira mulher transgênero a vencer. E só quero agradecer a todas as incríveis lendas transgênero antes de mim que chutaram essas portas para que eu pudesse estar aqui essa noite”
Liniker, por sua vez, ganhou o Grammy Latino de 2022 na categoria de “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”. Ela ganhou o prêmio com o disco “Indigo Borboleta Anil” e foi ovacionada durante um breve discurso feito em espanhol.
Na oportunidade, Liniker disse:
“Sou uma cantora, compositora, atriz brasileira. Hoje algo histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que uma artista transgênero ganha um Grammy”. Muito obrigada a toda minha equipe que esteve comigo desde o começo, sonhando junto comigo. Estou muito feliz”.
Essas vitórias, são sempre necessárias e precisam ser ovacionadas quando isso ocorre. Apesar das lentas mudanças na bancada julgadora do Grammy e das inúmeras denúncias de racismo e misoginia que a bancada recebe todo ano, é confortante saber que há julgadores com outros olhares e possibilidades. Obviamente que Liniker ou Kim não ganharam por serem pessoas T’s, ao contrário, elas ganharam o prêmio por serem excelentes naquilo que fazem, mas, enquanto pessoas que fazem parte da população T, é acalentador ter essas vitórias! Viva!!
Lembre-se, Diversidade Importa!
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