LGBTQIAP+Política

Janeiro: Mês da visibilidade Trans

No ano passado, fizemos uma postagem aqui no Portal, sobre os dias do ano em que são reservados para a celebração e memória para a Comunidade LGBTQIAP+. Essas datas existem por diversas razões, uma delas é para gerar o debate e consciência em relação ao tema. 

No mês de janeiro, é comemorado durante o mês todo, a visibilidade Trans. Erroneamente colocados à margem da sociedade, as pessoas trans são ainda lidas a partir de estereótipos e achismos sociais que fazem um grande desfavor para a categoria social.

A data em questão foi escolhida em homenagem ao primeiro ato nacional organizado pela população trans e travesti em 2004, onde os manifestantes  lançaram a campanha “Travesti e Respeito: já está na hora dos dois serem vistos juntos” no Congresso Nacional, em Brasília. Desde então, diversos eventos foram criados como forma de promover maior integração social de pessoas transgêneras.

De todos os dias de Janeiro, o dia 29 de janeiro segue sendo cada vez mais importante e necessário, principalmente no país em que mais mata pessoas trans no mundo. Por conta da violência diária, preconceito e discriminação social, mulheres e homens trans acabam sendo marginalizados das mais diversas formas possíveis, inclusive com as suas expectativas de vida, que são reduzidas pelas taxas de homicídio intencionais: enquanto a taxa de vida de um brasileiro cisgênero é de 76 anos, a de uma pessoa trans é de 35 anos.

Em entrevista ao Site da TV Cultura, a historiadora Giovanna Heliodoro afirmou a importância do mês e da conscientização:

“Ser travesti, sobretudo no Brasil, país que mais mata travestis e transexuais no mundo, é ser resistência, é romper com uma série de estigmas que sempre nos associa à margem da sociedade”. 

Na mesma entrevista, Giovanna fala abertamente sobre um ponto necessário sobre pessoas T’s (transgêneros ou travestis ou travestigenere): “É importante ressaltar que a letra T dentro da sigla LGBTQIA+ cumpre um papel de construção de identidade, não de uma sexualidade”.

De acordo com Dossiê de 2019 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, a ANTRA, 90% da população de travestis e mulheres transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda devido à falta de oportunidades no mercado de trabalho. Menos de 1% dessa população está nas Universidades ou em um curso de graduação ou pós.

Você conhece alguma pessoa T? Está engajado nas lutas sociais dessa população? Lembre-se: Diversidade Importa!

Publicado por:

Cidadão de bem? Análise do trágico-cômico termo

Previous article

Portal Diversidade indica: Filme-Documentário ‘Fabiana’

Next article

You may also like

Comments

Leave a reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *