A internet está atribuindo ao médico capixaba Thalis Bolzan, atual namorado do governador eleito no Rio de Grande do Sul, Ricardo Leite, de primeiro-cavalheiro.
“Primeiro-cavalheiro”* é a versão masculina do termo “primeira-dama” e se refere ao esposo de um chefe de estado ou chefe de governo de um país. Assim como acontece com primeira-dama, a versão masculina também é utilizada para se referir aos maridos de governadores e prefeitos municipais.
No ano passado, em julho, Ricardo Leite, no programa de televisão ‘Conversa com Bial’, assumiu a sua homessexualidade publicamente. Filiado ao PSDB, o governador se junta com as outras 19 candidaturas LGBTQIAP+ que foram eleitas democraticamente em 2022, para assumir uma posição política no ano seguinte.
Você pode conferir a entrevista no player abaixo:
Ricardo e Thales mantêm o relacionamento ativo por dois anos, a distância. Thalis é médico pediatra e atualmente está residindo em São Paulo, onde se especializa em endocrinologia pediátrica pela USP (Universidade de São Paulo).
É interessante pensar no termo “primeiro-cavalheiro” e na dimensão que ele pode trazer para a sociedade. Do ponto de vista social, quando existe no mundo um homem gay capaz de assumir o título é possível circunscrever novos imaginários sociais, mesmo que essa não seja a intenção de Thalis ou de Eduardo.
Termo novo?
Normalmente, o título de “primeiro-cavalheiro” não é muito usado pelas pessoas. Uma das razões se dá pelo fato de que há mais homens eleitos do que mulheres. Segundo uma reportagem do Portal G1, apenas 2 em cada 10 deputados estaduais eleitos são mulheres. O número cai drasticamente, quando vamos analisar o número de governadoras eleitas no país: duas no total.
Do ponto de vista representativo, analisar os número de Deputadas é mais animador. Vamos conferir?
Segundo dados da Câmara dos Deputados, a evolução do número de mulheres eleitas para a Câmara está aumentando a cada nova eleição. Atualmente temos 91 mulheres eleitas, do qual, 8 delas lideraram a eleição em seus estados e Distrito Federal. Quando vamos analisar o número de mulheres eleitas em porcentagem, temos cerca de 18%.
O avanço se dá esperançoso na medida em que temos duas mulheres trans eleitas. No entanto, há uma grande necessidade de aumento, na medida em que as mulheres são mais de 50% da população brasileira, segundo dados do IBGE.
O que você achou deste título atribuído ao Thalis? Você acredita que é positivo o impacto na sociedade em relação ao “primeiro-cavalheiro”? E em relação às mulheres e ao termo “primeira-dama”? Deixe o seu comentário e vamos continuar a conversa aqui! Lembre-se: Diversidade Importa!
*Ao longo do texto, o termo foi usado em aspas no texto, porque estávamos nos referindo ao termo propriamente dito e não ao Thalis.
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