Uma das maiores críticas que o movimento LGBTQIAP+ faz sobre a sua dinâmica interna advém do fato de que, em alguns momentos, toda a comunidade e sua narrativa é condensada em uma única letra ou possibilidade de existência.
Um dos movimentos mais plurais que existem, a comunidade LGBTQIAP+ preserva em sua história outras possibilidades de existência, para além da relação entre dois homens. Dotada de subjetividades, a comunidade também alarga a discussão sobre os imaginários corporais no qual podemos ocupar e existir.
Para além do arco-íris, mas ainda nele: um movimento de luta.
Caminhar contra a opressão é um desafio que persiste atualmente no mundo e ao mesmo tempo, é um ato bastante antigo. Assim como o movimento negro — mas nem por isso, são opressões que se estebelcem como iguais — a comunidade LGBTQIAP+ foi incorporando ao longo dos anos de lutas pautas em seu reprotários e alargando a noção de queer ou cuyr.
Com a ‘Revolta de Stonewall‘, a partir de 1969, a comunidade passou a ganhar mais força e se organizar enquanto um movimento. O documentário de 2010, Stonewall Uprising, traz uma olhar para este momento da história, a partir das pessoas que estavam no local e o que foi aquele momento.
Veja abaixo o clip do documentário:
Iniciado em Stonewall e alcançando os dias atuais, temos ao longo de um ano, muitos dias com a temática da comunidade LGBTQIAP+. As datas comemorativas referentes à comunidade LGBTQIAP+ parte do princípios de que precisamos (re)lembrar o corpo social, fragilizado na memória, para evidenciar a luta pelo direito de existir sem perseguição.
As datas e seus significados:
29 de janeiro: Dia Nacional Da Visibilidade Das Pessoas Travestis e Trans.
A ideia surgiu no ano de 2004, quando um grupo de ativistas trans participou, no Congresso Nacional, do lançamento da primeira campanha contra a transfobia.
A ação foi promovida pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, com o objetivo de ressaltar a importância da diversidade e respeito para o movimento trans, representado por travestis e transexuais.
Você pode saber mais, acessando a Cartilha do ‘Calendário da Diversidade’, feita pela MaisDiversidade, clique aqui.
17 DE MAIO: DIA INTERNACIONAL CONTRA A LGBTFOBIA.
A data lembra a retirada da homossexualidade do catálogo de doenças da Organização Mundial da Saúde. Faz pouco mais de 30 anos que isso aconteceu, em 17 de maio de 1990.
19 de maio: Dia do Orgulho Agênero.
Ainda com pouca visibilidade, agêneros passaram a ganhar mais espaço na mídia em 2014. Há muito sobre o que pesquisar e compreender acerca deste grupo social.
28 de junho: Dia Internacional Do Orgulho LGBTQIAP+.
A escolha da data lembra a Revolução de Stonewall, que começou no dia 28 de junho de 1969, na cidade de Nova York. O dia se consagra uma data de lembranças daqueles que resistiram para que a comunidade avançasse e dos próximos passos que a comunidade precisa dar para avançar ainda mais na quebra de preconceitos.
19 de agosto: Dia do Orgulho Lésbico.
Uma data que nos convoca a repensar os estereótipos que corpos lésbicos sofreram ao longo dos anos. Além disso, é uma data para refletirmos sobre as potencialidades que a comunidade lésbica carrega consigo.
29 de agosto: Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.
A data faz referência ao primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), que aconteceu pela primeira vez no ano de 1996. A data é de grande importância, uma vez que mulheres lésbicas ainda ocupam espaços restritos na sociedade e enfrentam muito preconceito.
23 de setembro: Dia da visibilidade bissexual.
Uma outra data que aparece para somar no nosso calendário é o dia 23 de setembro. O dia de visibilidade bissexual é uma data é de grande importância, uma vez que socialmente a bissexualidade é ainda carregada de esteriotipos, sendo o mais popularizado, a ideia de que os bessexuais seriam “indecisos”.
26 de outubro: Dia da consciência intersexo.
Uma data que vem como um marco da luta pelo fim da invisibilidade das pessoas intersexuais.
10 de dezembro: Dia do orgulho Pansexual.
Neste dia somos lembrados de que, assim como a causa bissexual e lésbica, a causa pansexual precisa ser ampliada nos debates da comunidade e no seio sociedade.
Todas as datas carregam corpos, identidades, sexualidade, orientações e existências que persistem no mundo. Saber o que motiva a existência das datas é essencial para a ampliação da luta e voz das pessoas e causas da comunidade LGBTQIAP+.
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